O nome vegetariano ao contrario do que a maioria das pessoas pensam, inclusive muitos “vegetarianos” não se origina no fato dos mesmos adotarem como base da sua alimentação os vegetais, e sim da expressão latina "vegeto", que significa "revigorar", "fortificar" e "dar energia", por tal razão quando alguém era dinâmico e vigoroso era chamado pelos romanos de homovegetos .
Por que se alimentar de vegetais tornaria um ser humano mais forte, vigoroso e cheio de energia?
Vamos começar nossa análise comparando um ser humano e um animal carnívoro.
A primeira coisa a ser observada já que toda alimentação começa pela boca é que o ser humano não possui presas para rasgar a carne assim como os animais carnívoros.
Segundo, os seres humanos não possuem enzimas para fácil digestão da carne o que torna o pro cesso digestivo longo e difícil.
A terceira coisa a ser observada é a diferença entro o tamanho do intestino de um animal carnívoro e o de um ser humano.
O animal carnívoro possui um intestino de aproximadamente três metros de comprimento enquanto o do ser humano mede em media de sete a sete metros e meio.
Somando a deficiência enzimática mais o tamanho do intestino do ser humano da pra imaginar o resultado final do processo não dá?
Toda vez que comemos algo difícil de digerir ou comemos em demasia nosso organismo é obrigado a gastar seu estoque de energia para que o processo digestivo seja concluído, quanto mais gastamos esse estoque mais fraco ficamos e o maior exemplo disto e o estado em que se fica após uma “suculenta feijoada!!!”, a única energia que resta e a de levar o corpo até o sofá para dormir o resto da tarde, não quero nem mencionar o estado em que esta pessoa acorda após esta extravagância energética!
Devemos ser conscientes que ser vegetariano é inerente ao ser humano por este não ter sido criado para o consumo da carne e não pro princípios que dificilmente poderão ser levados a cabo como o da não violência.
Estar vivo depende da morte, cada respiração que se faz mata milhares de seres invisíveis, andar matas milhares de seres invisíveis, sem falar que o próprio alimento vegetal morre para nos proporcionar a vida e assim por diante.
Muitos yogis se esquecem do aspecto energético e levantam suas bandeiras contra a matança de animais em nome de “ahimsa”, ou a não violência excluindo de sua dieta a carne, porem muitos ignoram a importância uma dieta sattvica e moderada, pois como diz Swami Vishnudevananda no inicio do seu livro “Yoga Cook Book”, excesso de comida sattvica também se torna comida tamasica e tamas é a qualidade da inércia.
Ou como alerta Shri Krishna no Bhagavad Gita, “o yoga não é nem para quem come demais nem para quem come de menos”, a moderação e o equilíbrio são as chaves do sucesso em tudo que fazemos em nossa vida!
Por esta razão quando os textos clássicos recomendam o mitahara ou dieta moderada para um yogi, o autor deste texto esta levando muito mais em consideração o fato de que uma dieta moderada e sattvica (o alimento sattvico é aquele que possui uma quantidade enorme de energia e é facilmente digerido) produzem muito mais energia tornando o yogi mais forte, vigoroso e saudável do que uma dieta sem as mesmas características.
Não que os animais não devam ser protegidos e poupados, porem o objetivo principal de um yogi em ser vegetariano esta primeiramente relacionado com o consumo de alimentos satvicos para que ele tenha mais saúde, energia e disposição, pois estes são fatores imprescindíveis para criar uma mente lúcida que possa perceber o quanto é desnecessário o consumo da carne para a sobrevivência humana.
Para finalizar gostaria de lembrar que a proteína vegetal só se fixa no organismo mediante a presença da vitamina “C”, por isso não esqueça deste importante detalhe, pois um má nutrição por parte dos yogis e vegetarianos da motivo para que aqueles que não compartilham desta visão acreditem que a carne é imprescindível para a nutrição humana.
Muitos outros fatores poderiam ser abordados sobre este assunto mais por enquanto é só!
Om Shanti, Shanti, Shantihi, Om
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
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